domingo, 12 de fevereiro de 2012

:)
Um dos meus alunos do ensino médio deste ano têm deficiência auditiva. A escola em que ele estuda há anos fica em lugar pequeno em que todos são vizinhos e/ou parentes, a princípio me pareceu que a sua convivência escolar é tranqüila. Um dos seus amigos aprendeu libras e faz a mediação quando necessário. Não sabia da sua especificidade até conhecê-lo durante a aula. Foi meu primeiro dia nesta escola e na agitação dos primeiros dias de aula, ocorreu de ninguém me avisar a respeito dele. Não sei libras, mas tudo o que a gente não sabe e é importante, podemos aprender. Meu filho não fala palavras, mas é extremamente comunicativo, um período mínimo de convivência qualitativa com o Carlos é suficiente para entendê-lo. Há muito se sabe que comunicação não se faz apenas por palavras, que o relevante é o conteúdo transmitido que justifica a razão do ato comunicativo assim como a disponibilidade em alcançá-lo compreensivamente. Durante a aula, pedi ao Wellington que dissesse ao Flávio, que me esforçaria para entendê-lo e me fazer entender a ele. E, nesses momentos mágicos em que Sr Zambi mostra seus vestígios neste mundo material, ele me olhou e no silêncio disso constatei pelo brilho que se acendeu no fundo dos seus olhos seguido de um aceno de cabeça, que ele tinha entendido perfeitamente que eu não me referia apenas ao aprender libras e ao disponibilizar a aula em forma escrita, coisas que farei, mas que são apenas ferramentas, boas ferramentas, mas que não bastam para a realização plena do processo de ensino e aprendizagem. :)

Saravá a Grande Luz de Sr Zambi, sempre. :)
Saravás. :)
Abçs

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