Neste fim de tarde, na Galeria de Arte da Caixa Cultural, recebi a visita de uma simpática senhora, D. Gladys. Conversamos sobre a produção e o processo criativo do Bandeira de Mello, comentou ela comigo que uma filha falecida sua era artista.
Ocorreu-me que era a artista Carla Vendrami, filha de Sr Xangô. Não quis perguntar porque me pareceu indelicado diante da sensibilidade da senhora à minha frente.
Conversamos sobre obras, sobre montagem de exposição. Ela me contou que pretende manter as obras da sua filha permanentemente expostas, estaria preparando um lugar para isso. Então, resolvi confirmar a minha curiosidade e perguntei.
De fato, Carla era a filha de D. Gladys.
Falou dela com amor e saudade, achei bonito que o relato tenha acontecido em um ambiente de Arte, com lindas obras, lugar de paz e harmonia. Ela ficou feliz em saber que sou do Terreiro Pai Maneco. Ficou feliz em conversar comigo. Fiquei feliz por ela ter ficado feliz. :)
Saravá vc Carla Vendrami, Carla de Xangô, não nos conhecemos, mas conhecia seu ímpar trabalho artístico e sempre achei muito bacana a sua forma de pensar o que é ser artista e para quê devemos sê-lo, e qual é o lugar da Arte no mundo.
Frenqüentamos giras em mesmos dias mas em anexos diferentes.
Em 2008, quando expus Vazios Constitutivos na Mostra da Tuiuti/Beto Batata Barigui, vi que te conhecia de algum lugar mas não liguei o nome à pessoa, vc era uma daquelas raras pessoas que não visam autoafirmação vaidosa nem usam de dominação carismática, sei disso porque tenho amigas que foram suas orientandas.
Só descobri quem era vc após a sua passagem.
Certamente vc está bem, luminosa.
Saravá vc Carla de Xangô, Kaô Cabecilê Kaô. :)
Saravás. :)
Abçs